18.12.06

A Amamentação


Esse é o trauma de boa parte das mulheres... primeiro temos medo de não amamentar ... de como será... do bico rachar... do peito cair... é algo bem estranho antes do bebê nascer... bem, pelo menos era assim que eu via.
Logo que cheguei no quarto enorme de inchada, mas parecendo um hipopótamo e meio zonza da anestésia da cesáriana, lá estavam as minhas queridas amigas e fiéis escudeiras para nos receber, além do meu marido e das avós.
Horas depois chegou ele!!! Meu querido amado Vinicius ... já para mamar ... e aí??? Bom e aí depois de ter lido coisas sobre a amamentação sabia que não seria fácil, principalmente no caso de cesáriana, que demoraria uns 3 dias para o leite descer... O seio foi oferecido, ele pegou. Mas os seios mais pareciam aquelas torneiras que não fecham direito e água fica fingando ... gut, gut...
Ele era pequenino e aquilo de certa forma me deixou meio preocupada, minha pressão andava muito alta, nessa altura as visitas já haviam sido suspensas, a cama e a poltrona não davam o conforto necessário para amamentar. Minha mãe então chamou uma enfermeira para me ajudar, essa sugeriu a compra de uma bombinha e assim meu marido fez.
Bom, me senti literalmente uma vaca sendo ordenhada!!! Uma mulher estranha apertando meus seios para retirar leite, mas enfim o bebê era mais importante do que qualquer outra sensação desagradável!!!
Senti um pouco de febre, principalmente à noite. E pensava será que ele vai tomar esse leite com um gosto horrível de remédios, tomei muitos remédios nos 10 primeiros dias de seu nascimento. Minha médica obstetra logo me tranquilizou levando um cardiologista dizendo que até passaria algum medicamento para ele, mas era uma quantidade mínima. Então fiquei um pouco mais tranquila.
Amamentar é um esforço, um sacrifício e uma prova de amor... Aos poucos a quantidade foi aumentando ... mas meu bebê com 7 dias perdeu 220 g e ficou com 2 k e eu confesso não gostei, fiquei preocupada e passamos a utilizar complemento.
Fui amamentando até ele completar 3 meses (praticamente), o leite foi sumindo ... sumindo... aos poucos e cada vez eu tinha que aumentar mais a quantidade de mamadeira.
Ele foi recuperando bem o peso e crescendo também muito bem.
Até hoje muitas vezes sinto por não ter conseguido amamentar mais ... meu seio não rachou, não doeu ... não tive inflação, infecção, nada disso, teria todas as condições de continuar amamentando tranquilamente ... mas a natureza não ajudou ... algo faltou que eu não sei explicar... bebi água de acordo me ensinaram ... talvez tenha faltado tranquilidade ... estava com uma secretária daquelas que tiram a gente do sério!
Enfim se faltou leite meu para ele, não faltou amor e isso que considero o mais importante!
Que ninguém me crucifique porque agi dessa ou daquela forma, uma mãe, agora eu sei nunca deve ser condenada por ninguém, procuramos sempre acertar e oferecer o melhor de nós para eles, mesmo que errando.
Amamentar é divino mais tem que ter folego!!!!

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